Ministros do governo relataram ao blog que Bolsonaro diminuiu significativamente até mesmo as mensagens de WhatsApp – meio de comunicação preferido do presidente – a assessores e aliados.
Nos bastidores, além da dor na perna causada por uma inflamação, o recolhimento de Bolsonaro é atribuído por aliados a um inconformismo por ter perdido e à preocupação crescente com o seu futuro e o dos aliados na Justiça.
Como tinha para si que ganharia a eleição, Bolsonaro não se preparou para um mundo sem foro privilegiado e sem poder e, relatam aliados, só se deu conta durante a apuração do domingo do 2º turno de que estaria descoberto juridicamente e politicamente.
Na visão de um dos mais próximos auxiliares de Bolsonaro, hoje, existem dois mundos para Bolsonaro. O real, que recebe Lula na COP 27, que tem os presidentes do Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, cumprimentando o presidente eleito em janeiro e que vai vestir a faixa presidencial em janeiro.
E tem o outro, o paralelo, dos “Allan dos Santos, das [Carla] Zambellis… que faz muito barulho, dizendo que não vai deixar ninguém subir a rampa [do Planalto] mas que não leva a lugar algum. Talvez, na verdade, os leve para o banco dos réus”, como diz ao blog um ministro do governo Bolsonaro.
É nesse segundo mundo, diz o auxiliar, que Bolsonaro parece querer viver.
Por Andréia Sadi – apresentadora do Estúdio I, na Globonews, e comentarista de política da CBN.